Fale com as Paredes

terça-feira, setembro 27, 2005

she got a ticket to ride (um post em construção)

...
até logo, quando o logo for agora.
há poucas horas (já não há mais tantas horas)
foi-se embora, muito embora não se tenha
dito adeus

atualizado em 28/09/05-15h58
[retirado o "e" do ínico da 3ª linha]
[2ª linha mudou de "há poucas horas quando já não há mais tantas horas " para há poucas horas (já não há mais tantas horas)"]

sexta-feira, setembro 23, 2005

Teatro Mágico é assim:

Sintaxe à vontade
(Fernando Anitelli)

"Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
Bem vindo ao teatro mágico!
sintaxe a vontade..."

Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
a partir de sempre
toda cura pertence a nós
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto ou indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgula
se estar entre vírgulas é aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples
um sujeito e sua oração
sua pressa e sua prece
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não
que enxerguemos o fato de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradição
é negar a si mesmo
e negar a si mesmo
é muitas vezes, encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque...

tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só?
Olha o site deles.

Ataque surpresa no Fim da Rua

Passem porque hoje é aniversário do Urso!!!

segunda-feira, setembro 19, 2005

o mundo é um manicômio

Eu achei um nariz de palhaço no show do Teatro Mágico.
SIM! Eu tenho um nariz de palhaço novamente.
A greve acabou e pelo jeito não deveria ter começado porque nos levou do nada ao lugar nenhum.
Estou atrasado para o trabalho.
O título desse post é a minha frase do dia. A professora de literatura francesa comentava como deveria ser concebido o mundo a partir da leitura de Machado de Assis. Adorei a frase.
"Lindice" é a minha palavra do dia, topei com ela na aula de Morfologia. Mania de ser linda.
Meu nome é Bolonha será uma seita num futuro próximo. Ficarei rico.
"levante suas mãos para o céu e agradeça se acaso tiver alguém que você gostaria que estivesse sempre com você...". Trilha sonora da Padaria na beira-do-fim-do-mundo, onde estávamos esperando o mundo acabar daqui à vinte minutos.
"Meu riso é a minha resistência!" meu grito de guerra, minha chamada pra a luta na minha milícia armada de revoluções.
Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?! Lindice... Eu queria lhe dizer tanta coisa, mas estou atrasado para o trabalho. levante suas mãos e dance sem música no meio da rua. sejámo Bolonha. moremos num manicômico. SIM, eu tenho um nariz de palhaço.

sábado, setembro 17, 2005

hum...

pensando no post abaixo eu quase penso que o conte'udo dos escritos em banheiros de rodovi'arias sejam mais interessantes o que esse blog... talvez a culpa seja da minha m~ae que depois de descobrir o orkut nunca mais passou por aqui com seus coment'arios alucin'ogenos.... 'E isso, a culpa 'e dela!

quinta-feira, setembro 15, 2005

eu ia escrever um post, mas no computador do curso de ingl^es os sinais gr'aficos n~ao ficam em cima das letras....

ent~ao achei melhor s'o contar a minha 'ultima super aquisic~ao: UM CESTO PARA ROUPA SUJA! Demorou quase um ano, mas eu consegui vencer a preguica, o esquecimento cr^onico e a falta de trocados que sempre eram desviados para outros assuntos e comprei o novo xod'o do meu banheiro. Roupa suja em baixo da pia? S'o no cesto agora!

essa o rádio não toca

Quando a Mariana me chamou pra ir no Blen Blen domingo à noite pra "um tipo sarau, coisa assim", nas palavras dela, eu achei que ia ser legal, apesar de estranhar uma baladinha no domingo à noite. Fui. Fomos.
Paredes, eu desencontrei tudo que tinha perdido de mim no show d'O Teatro Mágico. Inclusive topei comigo mesmo, ou com uma parte importante da minha anatomia, rolando lá no chão. O Teatro Mágico é foda.
tchau.

segunda-feira, setembro 05, 2005

novos e antigos links

Aproveitando esta raríssima ocasião na qual eu tenho tempo e condições favoráveis para respirar um pouco, dei um atualizada na lista de links.

Boca Rica - é o site do Boquete (só para os íntimos), amigo e contra-mestre de capoeira da Cordão de Ouro. Na minha opinião um dos melhores capoeiristas na atualidade e um dos grandes nomes do porvir nessa arte, não só pela técnica mas também pelo profundo conhecimento histórico. O site precisa de uma atualizações e de uns reparos na seção de fotos, mas é muito bem feito. É um pouco pesado para rede discada.

Casa da Flor - é o site de um projeto lindo. Eu descobri o nome de Gabriel Joaquim dos Santos por acaso vendo o documentário "O Fio da Memória" (de Eduardo Coutinho, para mais info.). O documentário é indispensável para qualquer um que se interesse pela cultura afro-brasileira, pela história do negro na História do Brasil, pelo processo de marginalização, ou para aqueles desajustados que tenham o mínimo de interesse no que se passa nesse país. E a Casa da Flor? É poesia pura, em estado latente e palpável. Interessados em Manuel Bandeira e Carlos Drummond (eu, eu, eu!!) são obrigados a passar nesse site e descobrir Gabriel Joaquim dos Santos e sua Casa da Flor.

Vinícius de Moraes - a flor de Vinícius, o poetinha. Homens: larguem os manuais de conquistas, as simpatias, as mil e uma maneiras de levar uma mulher para cama.Para conquistar uma mulher (ou várias) é simples: olhos nos olhos e dois versos de Vinícius à meia voz. Se não funcionar é porque ela não vale a pena. Mulheres: aprendam a serem amadas.

Os antigos:

- Boa música em: Caetano Veloso, Cartola, Cazuza, Chico Buarque, Cordel do Fogo Encantado, Jorge Ben Jor, Zé Ramalho. É claro que não não os únicos, mas já é um bom começo. (notaram a incidência da letra "C"?)

- Bons textos para quem acredita que a ignorância é uma benção e não se sente tão abençoado assim nesse mundo patético e cretino: Malvados, Provocações, Releituras.

domingo, setembro 04, 2005

Marília Tour 2005!

A-rá! Seis horas num ônibus pela Castelo Branco a dentro seguindo para o Oeste, terra da esperança e do futuro, onde o sol demora mais para se por. A expansão do mundo se deu de leste para oeste (da beirada do mar para o interior do mato virgem e cru - para quem não tem senso de direção); as Invasões Bárbaras, as Grandes Navegações, a Corrida do Ouro, o Amanhã; o Homem sempre seguiu do roteiro do sol buscando o novo. Eu estou voltando pra casa.
Uma semana em Marília antes de nunca mais. Nunca é uma palavra muita longa. Mas é que... não contem pra ninguém... essa é uma viagem de despedida. Eu acho. Eu já não sei de tanta coisa que o melhor é esquecer tudo aquilo que eu desaprendi. Visito meu museu pessoal com a estranha sensação que alguém mudou os móveis de lugar. As coisas, sendo as mesmas que eram quando eu fui, estão agora diferentes do que eram sem, no entanto, perderem a velha essência da memória. O velho está novo e o diferente ainda é a mesma coisa. Quem é que se entende nesse mundo?
Tem algos que a gente nota depois que não tem mais. Marília, por exemplo, é uma cidade que tem horizonte. Quem em São Paulo pode enxergar o horizonte, ou, que seja, mais que um teco do céu? Na noite, Marília tem estrelas no céu e, na borda do dia, tem passarinhos cantando na janela do quarto.

quinta-feira, setembro 01, 2005

ao léu

ok.
ainda estamos aqui.
fui hoje à toa na faculdade pensando que haveria aula de Literatura Brasileira. Não teve.
já disse que eu penso em fazer greve de Greve?
apesar de tudo a greve está sendo boa pra mim e mesmo não aceitando-a eu espero que ela dure um mês pelo menos. (sim, eu sou um filho-da-puta com ideologias vendidas, o capitalismo e deus e poder monetário é o seu único profeta)
ontem, depois de um ano, eu fui no parque no Ibirapuera.
num dos murais do prédio de Letras eu vi escrito "O poema é/ uma pedra arremessa/ contra minha cabeça." mais adiante uma versão que eu achei melhor: " O poema é/ minha cabeça arremessa contra uma pedra."
adeus.