Fale com as Paredes

quinta-feira, dezembro 29, 2005

quinta-feira, 29 de novembro de 2005. Estou numa lan house do shopping Sta. Cruz pra dizer

TO INDO PRA MARILIA CITY, CARALHO!
mais uma temporada relâmpago (dessa vez serão 3 dias), com uma básica visita ao Bosque, audição de "Mathuzalem in concert" na vitrola-véia da minha mãe, tetê-à-tetê com Fidida, a Fétida, noites em claro brincando com o gravador, pastéizinhos de brigadeiro da minha mãe, discussões literárias com o Urso, show de acrobacias com a Su, degustação de feijão com dona Luzia, grandes momentos filosóficos em frente a TV com a participação de todos os envolvidos e muito mais!
pretendo, finalmente, fazer o meu projeto Sarau gravado em K7 sair do papel, por o papo em dia com o Urso amigo-querido, bajular um bastante pouco minha mãe ("bastante pouco" porque se eu digo "bastante" ela se sente no direito de me cobrar esse tipo de promessa) e apresentar a cidade nacional do alimento a Fernanda, convidada de honra da minha mãe para limpar a casa com a vassoura.

sábado, dezembro 24, 2005

ah, e antes que eu me esqueça

FELIZ NATAL, PAREDES.
FELIZ NATAL, COMENTARISTAS DOIDOS DE PLANTÃO.
FELIZ NATAL, VOCÊ QUE É LINDA E FALA PELOS COTOVELOS COM AS PAREDES.
FELIZ NATAL, AMIGOS DISTANTES.
FELIZ NATAL, PESSOAS QUE ESPORADICAMENTE PASSAM POR AQUI.
FELIZ NATAL, VOCÊ QUE VEM E NÃO COMENTA.
FELIZ NATAL, VOCÊ QUE VAI PELO SEU CAMINHO.
FELIZ NATAL, AOS QUE PASSARAM E AOS QUE VIRÃO.
FELIZ NATAL, AOS QUE CHORARAM DE RIR.
FELIZ NATAL, AOS QUE RIRAM PARA NÃO CHORAR.
FELIZ NATAL, AOS QUE CHORARAM.
FELIZ NATAL, AOS QUE RIRAM.
FELIZ NATAL, AOS QUE EU AMO.
(E FELIZ NATAL, AOS QUE EU NÃO CONHEÇO)

pra comemorar

entre todos os motivos que eu tenho para celebrar este Natal, o que mais me enche o peito de alegria é o fato de não ter ouviu uma única vez sequer a maldita da Simone cantando "éntÃO é náTAL...".
Hosanas, Senhor amado, hosanas!!!

ps: porque diabos a Simone não faz como o Erasmo Carlos e morre logo de uma vez?

sexta-feira, dezembro 23, 2005

na sexta-feira eu tive vários sonhos alucinantes...

havia uma centena de urubus de longas asas voando no céu azul. eu os via da janela do meu quarto, de longe eram traços negros rabiscados na imensidão. riscavam o ar suavemente num leve deslizar. quase não batiam as asas que tão longamente se abriam pelo espaço num abraço nunca fechado às correntes quentes do vazio do ar. belos como eu nunca vi, como eu não sei dizer. a mais selvagem tribo de guerreiros que dançam, que amam, que lutam, que matam. de aspecto real, as reluzentes asas negras cobriam-lhes todo o corpo. mas, eu percebi, que naquele balé eles circulavam a carniça. uma carniça ainda viva cuja carne era concreto e os ossos eram metais. a cena toda se desenhava na minha frente e se sublimava pelo seu silêncio. o ataque, quando acontecesse, seria rápido e mortal.
quando eu fui um passarinho, eu voava alto até demais. foi por isso que entrei pela janela daquele imenso prédio arranha-céu. dentro dele eu passei por um grande apartamento que era preenchido por uma riqueza sem luxo exacerbado. eu estava no corredor e andava com passos curtos e quicados. passei por uma porta à minha esquerda que estava aberta para uma grande sala. nessa sala a dona do lugar dizia a não sei quem "Esperai, Gigantes. Esperai." foi quando eu vooei em linha reta em direção à janela no final do corredor, atravassei o vidro e despenquei na vertical em direção à calçada. A sensaçãode cortar o ar, a visão trêmula pelo impacto do vento nos globos oculares, o vácuo criado ao se deixar tudo para trás; e a liberdade de abrir as asas e transformar o fim impactante no suave planar embalado pela brisa.

terça-feira, dezembro 20, 2005

post novo?

tsc, nããnnn... deixa pra amanhã ou pr'um dia que eu conseguir sair da cama às 9.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

você já experimentou?


Hoje eu acordei e a primeira coisa que fiz foi ouvir os acordes de guitarra e Jimi Hendrix cantando Foxy Lady direto do CD que eu procurei por mais de um ano e que finalmente pude comprar com um belo desconto de funcionário.
Feliz Natal pra mim, não quero mais nada e obrigado.

foi num sábado à noite

toda empresa que se preze faz uma confraternização de final do ano. A última em que eu trabalhei fazia rituais sagrados de acasalamento disfarçados de festa - nada contra, a empresa era uma bosta mesmo e a gente vivia se fodendo naquele lugar, nada melhor que foder um pouco pra variar. Mas agora na livraria as coisas parecem diferentes (é claro que rolou um "o-pipi-dele-no-popo-dela-o-popo-dela-no-pipi-dele", mas até agora eu só sei de um caso registrado) - dizia que as coisas parecem diferentes. Pra começar a balada de confraternização foi no Playcenter - Sim!, uma balada no Playcenter pra somente 600 pessoas durante a noite toda. E sobre isso eu ó tenho a dizer que é muito divertido ir nos brinquedos mais da-hora-mano-bem-loco! sem esperar na fila.
Lá pelas 2 da manhã os brinquedos foram fechados pra galera se reunir e curtir o show da banda Viva a noite, aquela banda que toca no Pânico na TV. Foi quando eu tive a visão: o Bozo estava cantando a música Ursinho Blau-Blau enquanto um vendedor da livraria, uma caixa e outra vendedora dançavam em roda com passos místicos, pulando e mexendo as mãos ou indo até o chão tendo todos os chiliques que a dança nos anos 80 inventou. Pensei que aquilo poderia ser uma viagem minha do ácido (com o leve detalhe de que eu não tomei ácido), mas achei meio louca a idéia até a hora em que eu vi um outro caixa amigo meu tendo uma séria discussão com o terceiro pedaço de pizza que ele derrubava no chão de tão bêbado que estava (comidas e bebidas eram de graça na festa).
Ah, mas foi divertido pra cralho ir 4 vezes seguidas naquele elevador que despenca!

quarta-feira, dezembro 14, 2005

fracasso

A campanha Teleton(to) conseguiu o que parecia impossível! O Urso não só não voltou a postar, como os comentáristas* do meu blog desapareceram! Agora não temos nem post lá, nem comentários aqui. Oh, céus...

*mais especificamente a minha mãe! sá-mulher desalmada, mãe d'um filho de chocadeira, que nem se digna a falar como é o livro de contos do Nélson Rodrigues que eu escolhi e comprei pra ela com todo amor, carinho e dengo e uma parte do meu salário! huff... pois agora não respiro! e toma!

hum...

putz, to afim de escrever várias cartas! preciso comprar papel.

eu li o livro do Marçal Aquino, Eu receberia as piores noticías dos seus lindos lábios. título grande, livro nem tanto (umas 200 páginas); história até que bonita, triste meio melancólica (as notícias são ruins mesmo); narrativa forte, gosto do jeito que ele escreve. não foi um livro que mudou a minha vida, mas é legal.

agora to lendo o livro do Paulo Markun (o bam-bam-bam do Roda Viva, na TV Cultura), Meu querido Vlado*. Fala sobre a história do Vlado Herzog, jornalista morto pela ditadura. To achando muito interessante o livro, mas alguém merece um tiro por essa frase:
"O diálogo difícil entre o presidente [José Bonifácio Nogueira, presidente da Fundação Padre Anchieta] e o responsável pelo jornalismo da Cultura não era fácil."
O Markun vacilou, mas tudo bem, isso acontece; agora eu quero saber quem foi que revisou esse texto!

e já que estamos falando de livros, o próximo o ser lido será finalmente Olhos de cão azul, o amado Gabito! Para alegria do Urso, eu finalmente lerei o conto "Eva está dentro do seu gato" e nós poderemos discutir esse conto.

dia 8 eu fiz um mês de trabalho na livraria. parabéns pra eu!

o Natal vai acabar comigo. se vocês se lembrarem dos primeiros 20 minutos do Soldado Ryan terão uma leve noção de no que aquela livraria está se tornando. tenho medo do sábado...

eu vou indo.

pretendo comprar papel ainda essa semana.

* essa é pro Urso. Cante comigo: Vlado, meu querido Vlado, eu não sou assim de fino trato pra assinar este contrato...

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Teleton(to) infoma



Oi, eu sou o Urso e preciso da sua ajuda. Por favor acesse esse link e contribua com a campanha Teleton(to) do Fale com as Paredes deixando a mensagem "Urso, eu te amo. Escreva um post por favor". Só assim eu poderei ter condições de escrever mais de um post por mês. Obrigado



Teleton(to).
Ajude,
o Urso precisa de você!

eu ia ficar rico

Vocês se lembram quando eu tive a idéia de fazer um box de DVD com os programas do Chaves e do Chapolim (aqui, dia 3 de julho!)? Pois é olha ...

(pausa pros comerciais) Teleton(to)

todos os dias milhares de crianças carentes sofrem com a falta de atenção, de amor, de carinho e de dengo de um mundo capitalista. Essas pobres vítimas, vivendo da miséria do afeto privam-nos de posts em seus blogs e é por isso que o "Fale com as Paredes" vem até você pedir a sua contribuição. Acessando esse link e deixando um comentário com a mensagem "Urso, eu te amo. Escreva um post por favor" você estará contribuindo na construção de um mundo melhor, onde os Ursos não são tã carentes e aparecem mais em seus próprios blogs.

Teleton(to).
Ajude,
o Urso precisa de você!

a piada pronta

Eu sou caipira... não, não sou pira-pira-Pora, NSª de Aparecida... sou apenas caipira pq nasci e fui criado no interior de São Paulo.
Sábado passado eu saí do curso de Inglês e fui comer algum algo antes de ir trabalhar. Passei no Copão Paulista, lá perto da av Paulista e da Brigadeiro Luís Antonio. Lá tem um cara que já virou patrimônio do lugar, é um carioca de uns 40 anos, cabelos lisos e e compridos até os ombros; fala como todo e qualquer bom malandro carioca -e eu não sei como ele se perdeu na selva de negócios, ternos e gravatas de São Paulo.
Não sei o seu nome, mas toda vez que eu vou lá a gente troca uma idéia. Então estávamos nós dois e o balconista, que é baiano, conversando quando chegou o grande conhecido alheio do carioca: o Ceará, assim tratado pelo menino da Rio com a ambígüidade de quem encontra um velho amigo de infância e de quem nunca ousou perguntar o nome do bendito dito-cujo que está ali a sua frente. Pois bem, com a chegada do "grande Ceará" (tem male-mal tem 1 metro e meio), o Carioca começou a louvar esse Brasilzão de meu Deus e a cidade de São Paulo, onde somente aqui um caipira, um baiano, um carioca e um cearense podem se encontrar num boteco.
Eu mesmo, da minha parte, fiquei preocupado e saí rápido de lá. Tive e absoluta certeza de que um gaúcho estava pra chegar e aí já teríamos uma imediata profecia de piada.

Teleton(to)*

Mais uma vez as Paredes apresentam sua campanha de mobilização social nacional em prol do post no fim da rua. Contribua você também acessando esse link e pedindo mais um post nos comentários.

Teleton(to).
Ajude,
o Urso precisa de você!
*ei Ursolino, lembra quando a gente ia chamar o Tomzinho na casa dele?

quarta-feira, dezembro 07, 2005

poema

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que ó se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
(Vinícius de Moraes)

encontrei num sebo, no sabádo, dois livrinhos muito interessantes, um do Vinícius e outro do Rilke (o cara que além de escrever Cartas a um jovem poeta escreveu poemas também). O do Rilke é legal, embora eu ainda não tenha vasculhado muito bem os poemas, só as cartas; mas o do Vinícius... é uma bela merda porque tem alguns poemas e crônicas dele e... e... e só! Livrinho chucro que só serve pra abrir o apetite. agora eu tenho que comprar um livro de verdade dele...
E só pra constar: as crônicas dele são muito boas!

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Alô, mamãe

prepara espaço na geladeira, hein. logo logo vai chegar...

o caminho certo

em direção a 2ª estrela à direita, seguindo reto até o amanhecer.

o suco de maracujá da minha mãe resolve?

Paredes, estou puto. Exclamativamente puto! Pergunta-me-ão qual o motivo de tamanha putacidade e responderei ainda mais prostituto da existência: sono!

Não, não é porque eu estou com sono... ou melhor, é sim! Por que caralhos eu tenho que ficar com sono?! Trilhões de coisas pra fazer e eu com sono! Vê se pode uma coisa dessa! Ás vezes da vontade de só precisar dormir umas 4 horas pra recuperar as energias (o que não acontece) e assim poder aproveitar melhor o dia, e a noite. Sim, a noite, porque é ela quem eu quero mais, já que, entre as trilhões de coisas pra fazer que eu tenho pra fazer, ler e escreve eu faço muito melhor na solitária companhia da serena senhora Noite. E são justamente essas duas ações que mais me interessam no momento, seja pelos trabalhos da faculdade (eu sei que estamos em dezembro, mas eu tem uma louca -lindíssima, por sinal- que me pediu um trabalho para ser entregue em fevereiro) ou pelo que eu mesmo tenho que fazer. Eu preciso fazer!

Eu preciso parar de dormir. Acho muito besta essa mania que o corpo tem de dormir pra recuperar as energias. Pra mim, o sono só me interessa pelos sonhos; e se durmo 8, 9, 12 horas sem que depois me sobre o menor vestígio de sonho, então tenho aí uma noite perdida, seguida de um dia perdido que logo se tornorá uma vida perdida...

EU QUERO VIVER, porra! E se tenho que dormir 8 horas pra que isso aconteça, então pelo menos o dia poderia ter horas à mais! Mas isso não acontece e eu fico putíssimo. Agora dêem-me licença, tenho dois textos pra ler, um trabalho pra fazer, outro pra pensar em como faze-lo, uma avó pra visitar, uma prova de inglês amanhã, escrever isso e aquilo, escrever pra ele, pra ela, pra outra, encontrar uma amiga, falar com outra que vai pro Canadá, ligar pra um, ir até lá, sentar, conversar, beber, comer... tanta coisa eu Deus, tão pouco tempo...